Silêncio

dezembro 21, 2020 Off Por Maria do Carmo e Neusa Volpe

Há um tempo em que as palavras falham e o mistério prevalece. Nesse tempo só o silêncio pode ter significado.

Silêncio interior,

Escuta profunda.

Gruta banhada de pequena luz, onde a vida brota da escuridão.

Silêncio, Deus habita este lugar.

Aí, o ser humano que nasceu na carne, renasce no Divino.

E, quando o Divino Secreto desvela-se em nosso ser, silenciamos e adoramos.

É Natal!

Temos uma festa linda que se chama Natal. Festa do nascimento Divino no corpo humano. Pensamos que este nascimento é contínuo, e tão grandioso que merece ser celebrado.

O poema de Sri Aurobindo, intitulado Luz Dourada, ilustra como cada parte de nosso ser transforma-se quando o Divino a ilumina. Sua Presença revelada em nós, equivale a um novo nascimento.

A Luz Dourada
Tua Luz dourada desceu em meu cérebro,
E os cinzentos recintos da mente tocados pelo sol tornaram-se
Resposta reluzente ao plano oculto da Sabedoria,
Uma calma iluminação e uma chama.
Tua Luz dourada desceu em minha garganta,
E toda a minha fala é agora divina melodia,
Um hino de ti minha nota única;
Ébrias com o vinho do Imortal estão minhas palavras.
Tua Luz dourada desceu em meu coração
E fez minha vida enamorar-se de Tua eternidade;
Ele agora se fez um templo onde Tu estás
E todas as suas paixões apontam somente para Ti.
Tua Luz dourada desceu até meus pés:
Minha terra é agora Teu campo de jogo e Teu assento.
Sri. Aurobindo